Vale-combustível: como calcular e reduzir custos corporativos
Entender como calcular o vale-combustível da sua empresa é essencial para transformar um gasto em investimento. O combustível está em alta e os deslocamentos continuam. Assim, o orçamento precisa fechar no azul. Por isso, o vale-combustível é uma alternativa moderna ao vale-transporte, pois garante conformidade legal e controle sobre cada abastecimento.
Com esse benefício, a empresa apoia colaboradores que usam veículo próprio e, ao mesmo tempo, ganha eficiência. Dessa forma, elimina processos manuais e reduz desperdícios. Portanto, calcular corretamente é o primeiro passo para economizar e melhorar a gestão.
A seguir, veja como calcular o vale-combustível, criar uma política prática e segura e usar a automação para reduzir custos sem comprometer a mobilidade da equipe.
Diferença prática que impacta o cálculo
Antes de calcular, é importante entender por que o vale-combustível segue uma lógica diferente do vale-transporte e do reembolso manual. Ele é um benefício indenizatório. Portanto, não há desconto de 6% em folha, nem obrigatoriedade de repasse fixo. Essa flexibilidade permite ajustar valores conforme o perfil da equipe.
| Critério | Vale-Transporte | Vale-Combustível | Reembolso |
|---|---|---|---|
| Base do cálculo | Tarifa de transporte público | Quilometragem x autonomia x ANP | Nota fiscal por evento |
| Desconto em folha | Até 6% | Opcional | Não se aplica |
| Risco de variação | Baixo | Médio (variação ANP) | Alto (notas e erros) |
| Custo administrativo | Médio | Baixo (com automação) | Alto |
O vale-transporte é simples, mas rígido. Já o reembolso é detalhado, porém burocrático. Por outro lado, o vale-combustível digital equilibra controle, flexibilidade e agilidade. Assim, a empresa mantém segurança e eficiência, especialmente quando utiliza plataformas como a Trio Card.
O vale-combustível é considerado verba indenizatória e não integra o salário, conforme o artigo 458 da CLT. Por isso, é ideal formalizar as regras em política interna e registrar a verba corretamente no sistema de folha.
Como calcular na prática – modelos replicáveis
O cálculo do vale-combustível deve refletir a distância percorrida, o consumo do veículo e o preço médio do combustível. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) atualiza semanalmente os valores médios por estado e município. Dessa forma, é possível manter o cálculo alinhado à realidade.
A seguir estão três modelos adequados a diferentes perfis de empresa.
Modelo A – Trajeto fixo casa–trabalho
Esse modelo é ideal para colaboradores que usam o veículo apenas para o deslocamento diário.
Fórmula: Valor mensal = (Distância diária ida + volta x dias úteis ÷ autonomia do veículo) x preço do litro (ANP)
Exemplo:
| Descrição | Valor |
|---|---|
| Distância diária | 44 km |
| Dias úteis | 22 |
| Autonomia do veículo | 10 km/l |
| Preço médio da gasolina (ANP/2025) | R$ 6,10 |
| Custo mensal estimado | R$ 589,28 |
Checklist para padronizar o cálculo:
- Utilize o preço médio da ANP por UF ou município.
- Defina autonomia padrão por categoria de veículo.
- Crie margem de tolerância de até 5% para variações de trajeto.
- Atualize mensalmente com base na variação de preços da ANP.
Modelo B – Função externa (quilometragem variável)
Esse modelo é indicado para equipes técnicas, vendedores ou consultores que percorrem distâncias variáveis.
Fórmula: Valor = (Km percorrido x fator de consumo x preço ANP), limitado a um teto mensal por cargo.
Como aplicar:
- Integre o controle de quilometragem ao app de rotas ou sistema de CRM.
- Além disso, defina faixas de quilometragem (até 800 km, 801–1.200 km, acima de 1.200 km).
- Use o preço médio semanal da ANP como índice de reajuste automático.
Exemplo:
Um técnico percorre 1.000 km/mês com um carro de 12 km/l. Com preço médio de R$ 6,10, o custo aproximado é de R$ 508,00. Ao aplicar um teto de R$ 550,00, a empresa mantém margem de segurança e previsibilidade.
Modelo C – Híbrido (parte fixa + variável)
Esse modelo se aplica a funções que combinam deslocamento diário e externo.
Estrutura sugerida:
- Parcela fixa: trajeto casa–trabalho (ex.: R$ 350,00).
- Parcela variável: deslocamentos extras, ajustada conforme quilometragem.
- Regra de auditoria: validar 10% dos lançamentos por amostragem mensal.
Esse formato reduz a carga administrativa e mantém justiça interna entre perfis de colaboradores.
Leia também: Como economizar combustível? 5 dicas infalíveis para a sua frota
Política e automação – o segredo do corte de custos
Padronizar o cálculo é o primeiro passo. No entanto, o verdadeiro ganho surge quando o processo é automatizado e auditável. Assim, o RH mantém controle total e evita retrabalho.
Veja como estruturar uma política simples e aplicar automação com a Trio Card.
Política plug-and-play (para copiar e adaptar)
- Elegibilidade: cargos externos ou trajetos acima de X km diários.
- Modelo de cálculo: aplicar A, B ou C conforme perfil de uso.
- Fontes oficiais: preço ANP atualizado toda segunda-feira.
- Teto mensal: definido por cargo ou região, com revisão automática a cada variação de +7%.
- Auditoria: divergência acima de 10% entre quilometragem e extrato gera análise automática.
- Bloqueios: proibição de abastecimento fora do MCC (categoria de posto).
Na prática:
As regras ficam registradas no portal do RH. O Trio Card Combustível aplica tudo automaticamente. O sistema define o valor por colaborador e bloqueia usos indevidos. Assim, o processo se torna mais rápido, seguro e eficiente.
Alavancas reais para reduzir custos e manter performance
O vale-combustível é um investimento. Sem gestão, ele pode virar um gasto fixo inflado. Por isso, adote estratégias que mantenham o benefício saudável e eficiente.
- Teto por cluster: defina faixas de valor por cidade, função e tipo de veículo.
- Uso mínimo: reduza automaticamente o limite de quem consome menos de 30% do saldo por dois meses seguidos.
- Sazonalidade: ajuste o limite em meses de férias ou baixa demanda.
- Monitor de outliers: use dashboards para detectar desvios de padrão.
- Comparativo ANP vs. gasto real: acione auditoria quando houver diferença acima de 3%.
- Troca inteligente de combustível: priorize etanol quando a relação preço/autonomia for vantajosa (abaixo de 70%).
Segundo o Dieese, o custo médio de transporte individual no Brasil supera R$ 500 mensais. Além disso, empresas que adotam controle digital via cartão combustível reduzem até 25% dos custos logísticos e diminuem em 70% o tempo administrativo de conferência.
Métricas e acompanhamento – como medir eficiência
| Indicador | Meta recomendada | Ação sugerida |
|---|---|---|
| Custo por km | ≤ R$ 0,60–0,70 | Recalibrar autonomia e rotas |
| Uso do saldo | 70–90% | Ajustar limites mensais |
| Desvio ANP vs. valor pago | ±3% | Revisar datas de atualização |
| Outliers/mês | ≤ 3% | Fazer auditoria e dar feedback |
| Tempo de conferência | ↓ 70% vs. reembolso manual | Adotar automação Trio Card |
Esses indicadores ajudam o RH a sair do modo reativo. Assim, o setor passa a trabalhar com dados, previsibilidade e governança.
Calcular o vale-combustível corretamente é apenas o começo. A automação de regras, tetos e reajustes transforma um custo variável em gestão estratégica de mobilidade corporativa. Além disso, a tecnologia garante rastreabilidade e transparência.
Com o Cartão Combustível Trio Card, a empresa tem controle total dos abastecimentos. Os relatórios são em tempo real e a auditoria é automática. Dessa forma, tudo acontece sem reembolso manual ou planilhas.
Reduza custos e simplifique o controle do vale-combustível. Fale com um especialista Trio Card e descubra como aplicar esses modelos no seu time.
