Campanhas de saúde nas empresas: porque o RH deve se preocupar com isso

Campanhas de saúde nas empresas: porque o RH deve se preocupar com isso

Dentre tantas funções que envolvem a rotina do setor de RH, uma delas é zelar pelo bem-estar de seus funcionários, já que as pessoas são o ativo mais importante da corporação. Com isso, além das questões mais burocráticas que o departamento precisa desenvolver, é fundamental olhar para outras situações, como o caso das campanhas de saúde nas empresas. Elas são essenciais para garantir que os funcionários tenham acesso às informações de prevenção de doenças e cuidado com a saúde. 

Algumas comorbidades por serem silenciosas, como é o caso do diabetes, por exemplo, podem afetar a vida dos profissionais comprometendo até mesmo a sua rotina de trabalho. E você como gestor ou profissional de RH, sabe exatamente que isso também impacta na empresa como um todo. Pois, cada um é essencial para a função que ocupa e um afastamento pode alterar todo o fluxo das operações internas. 

O RH deve se preocupar em promover campanhas de saúde nas empresas  

De fato, as pessoas são essenciais para o sucesso de uma empresa. E você já parou para pensar na diferença que faz ter profissionais motivados e engajados em sua equipe? Quando os funcionários se sentem valorizados acabam se empenhando ainda mais na hora de cumprir com as suas atividades. E uma das maneiras de demonstrar aos colaboradores que eles são realmente importantes, é justamente promovendo campanhas de saúde nas empresas

Esse tipo de ação traz muitos benefícios, não somente para a o colaborador, mas também para a corporação. Pois os profissionais percebem que a empresa está se preocupando com sua integridade e isso influencia diretamente em seus resultados, e consequentemente, os do negócio. 

Portanto, realizar ações de atenção à saúde, também deve ser uma das responsabilidades da área de Recursos Humanos. Os profissionais desse setor possuem uma visão ampla do quadro de funcionários e têm acesso mais facilitado aos gestores que acompanham mais de perto o dia a dia e os hábitos dos empregados. Desse modo, acabam sendo uma peça estratégica na hora de desenvolver campanhas assertivas e que explorem temas de relevância para o seu público interno. 

Porém, quando falamos em campanhas de saúde nas empresas, de forma involuntária pensamos no Outubro Rosa, mês de combate ao câncer de mama e no Novembro Azul, direcionado às ações de prevenção do câncer de próstata, por serem as datas mais exploradas. Mas, existem muitas outras doenças silenciosas que merecem a mesma atenção, pois são altamente prejudiciais, como o caso do diabetes, já citado anteriormente, que pode afetar – e muito – a vida das pessoas. 

Dia Mundial do Diabetes: por que incluir nas campanhas de saúde nas empresas? 

O dia Mundial do Diabetes, realizado no dia 14 de novembro é a principal campanha de conscientização global sobre a doença. O RH deve incluir essa data em seu cronograma de ações, simplesmente pelo fato de que no Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), existem mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população. Assustador, não é mesmo? Ainda segundo a SBD, este número está crescendo cada vez mais. Um dos motivos apontados é a demora no diagnóstico, o que acaba favorecendo o aparecimento de complicações. 

Outro dado interessante para incluir o diabetes em campanhas de saúde nas empresas, é o fato de que 46% dos brasileiros entre 20 e 79 anos não sabem que têm a doença. Ou seja, muitas pessoas em idade produtiva e, que, provavelmente, integrem o quadro de funcionários de alguma corporação. 

Aliás, para que se saiba, o diabetes mellitus é uma doença crônica na qual o corpo não produz a insulina ou não consegue utilizá-la adequadamente. Essa, por sua vez, é o hormônio responsável por controlar o nível de glicose no sangue, obtida por meio dos alimentos como fonte de energia. Quando esse desequilíbrio acontece por períodos prolongados pode comprometer os órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

O diabetes, assim como outras doenças crônicas, é responsável por afastar milhares de trabalhadores de suas funções. Mas, isso geralmente acontece nos casos em que não há o devido acompanhamento. Por isso, é fundamental que cada um saiba como funciona o seu organismo e tenha acesso à informações sobre o diabetes para que as suas tarefas diárias não sejam impactadas.  Quanto maior o controle, menor é a incidência de faltas por problemas relativos à doença. E isso, possibilita uma melhor qualidade de vida, tanto no âmbito profissional quanto no pessoal. 

Existem diferentes tipos de diabetes, sendo eles:

Diabetes Mellitus Tipo 1

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, há pouca ou nenhuma liberação de insulina para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue ao invés de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.

Esse tipo de diabetes geralmente costuma aparecer na infância ou adolescência, mas também há diagnósticos em adultos. Para esses casos, o tratamento é feito sempre com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Fatores de risco: Já se sabe que há uma influência genética  – ter um parente próximo com a doença aumenta consideravelmente as chances de que a pessoa desenvolva a doença também. Mas ainda não há pesquisas conclusivas sobre os fatores de risco para o Diabetes Tipo 1.

Diabetes Mellitus Tipo 2

O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.

Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, é possível controlar com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Fatores de risco: Pessoas que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento de Diabetes Tipo 2 devem fazer consultas médicas periódicas e exames com frequência. São eles: 

  • Diagnóstico de pré-diabetes – diminuição da tolerância à glicose ou glicose de jejum alterada;
  • Pressão alta;
  • Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
  • Estar acima do peso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
  • Quando os pais ou irmãos têm diabetes;
  • Possui alguma outra condição de saúde que pode estar associada ao diabetes, como a doença renal crônica;
  • Mulheres que tiveram bebê com peso superior a quatro quilos ou tiveram diabetes gestacional;
  • Síndrome de ovários policísticos;
  • Diagnóstico de alguns distúrbios psiquiátricos, como esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
  • Apneia do sono;
  • Pessoas que tiveram a prescrição de medicamentos da classe dos glicocorticóides.

Diabetes Gestacional

Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. 

Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até mesmo o desenvolvimento de obesidade e diabetes na vida adulta.

E quais são os sintomas? 

Dentre os sintomas, talvez o mais incapacitante seja a fadiga constante, pois causa sensação de indisposição, cansaço e falta de energia. Isso, infelizmente, pode causar esgotamento das capacidades motoras e intelectuais. Como consequência pode haver queda de produtividade no trabalho, ansiedade, alteração de peso, irritabilidade, mal humor, falta de foco e concentração, dificuldade de raciocínio e insônia.  

Ou seja, pode afetar de forma significativa o rendimento profissional. Mas também pode limitar a qualidade de vida, pois as pessoas tendem a sentir menos vontade de fazer coisas simples, como aproveitar as horas de lazer e momentos em família, por exemplo.  

Mas, além desse sintoma existem outros. Por isso nós desenvolvemos uma imagem para ilustrar de forma mais didática quais são eles. Confira abaixo:

E como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por um exame de sangue que permite avaliar alterações na taxa de glicemia. Havendo alterações consideráveis, é necessário a realização de exames que possibilitem uma análise mais aprofundada do quadro.

Com isso, o médico pode solicitar o teste oral de tolerância à glicose, mais conhecido como Curva Glicêmica. Esse exame é feito em diversas etapas em que são coletadas amostras de sangue em um tempo determinado, geralmente de 30 em 30 minutos, após a ingestão de um xarope de glicose. Analisando esses resultados, que são dispostos em um gráfico, o médico consegue definir um diagnóstico preciso.  

E qual o tratamento? 

Os tratamentos para diabetes visam sempre controlar o nível de glicose no sangue e, assim, reduzir a probabilidade de ter outros problemas provenientes da doença. Por isso, é extremamente importante monitorar os níveis por meio de um aparelho capaz de medir a glicemia. 

Para os casos de diabetes Tipo 1 é necessário tomar insulina, já que o corpo não produz o hormônio. As maneiras mais comuns de fazer essa reposição é por meio de seringas de insulina, canetas de insulina ou bombas de insulina. Porém, quem dará o melhor direcionamento para o tratamento será o médico, de acordo com a necessidade de cada um.  

Nos casos de diabetes Tipo 2, o primeiro passo para o tratamento é ter uma alimentação saudável e um cronograma de atividades físicas. Em alguns casos somente isso é o suficiente para controlar os níveis de glicose no sangue, em outros pode ser necessário o uso de medicações orais ou até mesmo da própria insulina. 

Entretanto, para quaisquer dos tipos de diabetes que a pessoa tenha – ou mesmo para quem não tem – ter um plano alimentar equilibrado é fundamental. Isso ajuda a manter o peso em dia, o que é um fator muito importante no controle da doença possibilitando uma melhor qualidade de vida e evitando complicações mais sérias. 

O cuidado com os funcionários é uma excelente estratégia 

Cuidar dos funcionários promovendo campanhas de saúde nas empresas, é uma excelente estratégia motivacional, pois isso além de demonstrar que a empresa se preocupa com seus ativos, há menores chances de eles terem sua rotina comprometida por conta de doenças não identificadas. Se eles tiverem acesso a informações relacionadas às doenças, poderão se prevenir e até mesmo tratá-las caso sejam diagnosticados com alguma delas. 

Isso garante o bem-estar de equipe e reduz a probabilidade de que algum funcionário tenha que se afastar de suas atividades por conta de algum problema de saúde. Qualquer ausência pode trazer impactos, tanto para o bom andamento das atividades internas quanto para o próprio colaborador. Pois ninguém gosta de ter sua rotina interrompida por questões de saúde, não é mesmo? 

Então, caso você não tenha elaborado nenhuma ação para este ano, que tal começar compartilhando essas informações com seus funcionários? Aproveite que o dia 14 de novembro está chegando e é marcado pelas campanhas de conscientização do diabetes para orientar seus funcionários sobre essa doença silenciosa. 

*Todas as informações técnicas referentes ao diabetes foram extraídas do site da Sociedade Brasileira de Diabetes e você pode conferi-las. Contudo, elas não devem ser utilizadas em hipótese alguma para um diagnóstico, apenas como um informativo. A consulta com um médico é indispensável para uma avaliação precisa. 

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