LGPD para empresas: como garantir a segurança dos dados pessoais

LGPD para empresas: como garantir a segurança dos dados pessoais

Desde o dia 18 de setembro a Lei Geral de Proteção de Dados (nº 13.709/18) está em vigor. Ela foi criada para regulamentar a maneira como as organizações públicas e privadas coletam e lidam com os dados pessoais de seus clientes, colaboradores e fornecedores. Mas, desde que foi anunciada sua criação, em 2018, a LGPD para empresas tem deixado muitas dúvidas quanto sua aplicação e sobre o que de fato é considerado um dado pessoal.

Todas as empresas, sejam elas de qual segmento forem, precisam estar atentas às novas regras de tratamento de dados dos clientes. E para os casos de empresas de segurança privada, por exemplo, esse cuidado deve ser ainda mais redobrado. Isso porque  existem informações que, de certo modo, podem trazer risco à integridade de seus clientes.  

Por isso, no artigo de hoje nós vamos explicar melhor sobre a lei, seus aspectos e o que pode ser feito para garantir a segurança das informações. Continue a leitura! 

Afinal, o que é a LGPD?

A Lei Geral de Proteção a Dados Pessoais (LGPD) foi sancionada em 2018, e entrou em vigor em setembro de 2020.

Ela foi criada com intuito de ser a base do sistema protetivo dos dados pessoais no Brasil. 

De um modo mais amplo, os dados pessoais, como o próprio nome define, são pessoais, ou seja, pertencem às pessoas. Por essa razão não devem ser utilizados por terceiros sem consentimento

Portanto, a lei regulamenta o tratamento que é dado às informações das pessoas. Desde a sua coleta, passando pelo armazenamento, processamento e se estendendo principalmente para a utilização e a transmissão dessas informações.

A partir do momento que alei entrou em vigor nenhuma empresa pode ser portadora de dados pessoais sem autorização prévia do usuário ou cliente. E mesmo tendo consentimento a empresa terá responsabilidades jurídicas no tratamento desses dados

Caso isso seja descumprido a lei define a aplicação de penalidades e multas que podem chegar a até R$ 50 milhões de reais. 

Mas, quais são considerados dados pessoais? 

Qualquer informação que identifique de forma direta ou indireta um indivíduo é considerado um dado pessoal. Podemos citar alguns exemplos como: 

  • nome
  • RG
  • CPF
  • telefone
  • endereço residencial
  • e-mail 
  • endereço de IP 
  • cookies 
  • hábitos de consumo
  • preferências de lazer

Porém, existem também os dados sensíveis. Por terem relação direta com a privacidade são ainda mais relevantes as seguintes informações:

  • origem racial ou étnica
  • convicção religiosa
  • opinião política
  • filiação a sindicatos
  • dados referentes à saúde ou à vida sexual
  • dado genético ou biométrico

Ou seja, de um modo geral qualquer referência que seja capaz de identificar alguém é considerado um dado pessoal.

Portanto, se sua empresa atua no ramo de segurança privada precisa tomar muito cuidado para garantir o sigilo dessas informações. Pois, ainda existem dados específicos sobre a rotina de seus clientes.

Horário de saída, chegada, hábitos, lazer, itens que a pessoa possui em sua residência. É de se imaginar o estrago que o vazamento desse tipo de informação poderia causar, não é mesmo?  

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E como eu posso garantir a proteção dos dados em minha empresa?

Primeiramente, é importante dizer que a  LGPD não impede que as corporações utilizem esses dados pessoais. Apenas estabeleceu requisitos para que sejam utilizados de forma correta e transparente. 

Desse modo é essencial que as empresas criem métodos que possam garantir a privacidade de seus clientes, usuários e colaboradores.

E existem algumas maneiras simples para que isso ocorra: 

Identifique os dados que sua empresa possui

Esse é o primeiro passo para se adequar às exigências. Faça um levantamento das informações que a empresa possui sobre as pessoas. É importante ficar atento a todos os setores, incluindo o RH. Já que os dados dos colaboradores devem ser preservados assim como os dados dos clientes. Se certifique também sobre a coleta, armazenamento e a que se destinam.

Crie uma política de acessos 

É essencial fazer o controle dos acessos. Assim como para outros recursos é fundamental que cada colaborador tenha acessos restritos que cabem à sua função.

Parece estranho dizer isso, mas fica muito fácil manter os dados seguros se você tiver a certeza que somente pessoas autorizadas conseguem visualizá-los. 

Qualquer vazamento de informações pode trazer transtornos. Não somente em relação aplicação da LGPD para empresas, mas também sobre a confiança de seus clientes.

Oriente seus colaboradores 

Agora mais do que nunca será importante frisar a relevância da proteção de dados com seus colaboradores. Realizar treinamentos sobre os cuidados que cada um deve ter de acordo com a função exercida dentro da empresa pode ser uma excelente alternativa.

Pode parecer estranho, mas esse é um passo muito importante já que são eles que lidam com essas informações tão importantes. 

Até mesmo porque o simples fato de abrir um e-mail sem a devida verificação pode comprometer o sigilo desses dados. 

LGPD para empresas: todo cuidado é pouco! 

Bom, agora diante dessa nova realidade é importante ter em mente que todo cuidado é pouco. 

Aliás, se analisarmos essas questões apontadas pela LGPD para empresas já deveria ser uma regra, mesmo antes de sua criação. Afinal de contas, ninguém gosta ter sua privacidade invadida e sofrer com o vazamento de seus dados pessoais. 

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