Indicadores de RH: conheça 5 que você pode aplicar em sua empresa

Com base em que informações você toma as decisões relativas à rotina do departamento de Recursos Humanos? Por mais habituados que os gestores estejam com suas atividades e responsabilidades, diariamente é necessário fazer escolhas estratégicas. Essas, por sua vez, podem ser decisivas para garantir o sucesso da corporação. Desse modo, para que sejam resoluções realmente assertivas, é indispensável mensurar alguns indicadores de RH e tomá-los como base para suas tomadas de decisões. 

gestores analisando o currículo do candidato

Os indicadores-chave de desempenho, também conhecidos como KPIs, funcionam como um termômetro para a empresa medindo a performance dos processos. Além disso, esses resultados possibilitam aplicar melhorias ou alterações, conforme necessário.  

Portanto, é fundamental acompanhá-los corretamente, pois são justamente o que garante uma gestão mais efetiva sobre os ativos mais importantes da sua empresa: seus colaboradores. Abaixo, listamos os principais indicadores de RH que você deve considerar. 

1. Taxa de Absenteísmo

Muitos profissionais se abstêm do trabalho, seja por doença ou pela insatisfação com suas atividades. Independentemente do motivo, quando um profissional falta ou se atrasa, isso representa prejuízo para a empresa.

Contudo, vale dizer que, é considerado absenteísmo, qualquer ausência do funcionário que não seja por motivo de férias ou feriado, é claro. Podemos incluir nesse indicador até mesmo as faltas legais e justificáveis, como são os casos de licença maternidade e de afastamentos pelo INSS, por exemplo. A grande verdade é que independentemente do motivo, essas ausências geram impactos na produtividade. 

Uma das maneiras de chegar a esse número é realizando o seguinte cálculo: 

Taxa de absenteísmo (em %) = horas não trabalhadas / horas efetivamente trabalhadas x 100

O resultado obtido é a taxa de absenteísmo da empresa. Segundo a Associação Brasileira de Controle de Qualidade (ABCQ), o índice mais adequado não deve ultrapassar 1,5%. 

Se, no caso da sua equipe, esses resultados forem acima do esperado, é preciso identificar os motivos pelos quais isso tem ocorrido com frequência. Podem ser situações bem pessoais de cada colaborador e talvez não tenha muito o que possa ser feito, além de dar o suporte e auxílio necessários. Mas, de um modo geral, é possível criar mecanismos capazes de reduzir essa taxa. Desse modo, elaborar campanhas de incentivo que estimulem os funcionários a não faltar e oferecer premiações por conta disso pode ser uma boa alternativa.

2. Nível de satisfação e lealdade dos funcionários

Você já se perguntou o que seus funcionários pensam sobre o local em que trabalham? Ou melhor, já fez esse questionamento diretamente para eles? 

Funcionários satisfeitos geram melhores resultados para a companhia, pois ficam mais motivados e comprometidos com as tarefas.

Se você não sabe ao certo como fazer isso, existe uma metodologia simples, mas altamente eficaz: a eNPS, sigla utilizada para o termo em inglês que significa (Employee Net Promoter Score). Esse conceito criado por Fred Reichheld, inicialmente surgiu para ser implementado no atendimento ao cliente. Dado seu sucesso, passou também a ser utilizado para medir o nível de satisfação e lealdade dos funcionários com a corporação em que trabalham. 

Para aplicar esse indicador, parte-se da premissa de fazer uma “pergunta definitiva” com notas que podem variar de 0 a 10, por exemplo:

  1. O quanto você recomendaria nossa companhia como um bom lugar para as outras pessoas?
  2. O quanto você recomendaria seu superior imediato como um bom líder?

É importante que o maior número de funcionários possíveis respondam as perguntas. Após analisá-las, classificar os profissionais da seguinte maneira:

  • Profissionais detratores (insatisfeitos) (notas 0-6)
  • Neutros (notas 7-8) 
  • Promotores (notas 9-10)

Isso ajuda a identificar como os colaboradores avaliam a empresa. Mas, mais importante do que essa classificação, é entender o que deixa a desejar e sobre o que é visto como diferencial. Isso colabora – e muito – para que a empresa adote medidas estratégicas que fortaleçam os pontos positivos e contornem o que é negativo. 

3. Índice de Turnover

Nós já fizemos inclusive um conteúdo com dicas para atrair e reter talentos, por termos ciência sobre o quanto a rotatividade (turnover) de profissionais é um problema significativo que traz dores de cabeça aos gestores. Além de causar impactos, por conta de rescisões trabalhistas, há outras questões envolvidas: o engajamento da equipe é afetado e, em muitos casos, é difícil encontrar uma peça que substitua esse colaborador de forma efetiva. 

Portanto, olhar para o turnover da empresa, é um dos indicadores de RH indispensáveis para entender o índice real da rotatividade de funcionários da corporação. 

Para chegar a esse índice:

Turnover (em %) = funcionários que saíram da empresa / total de funcionários x 100

Não há um percentual ideal estipulado, pois isso varia muito de acordo com a política de retenção de talentos de cada empresa. O mais importante nisso tudo é tentar encontrar um equilíbrio e saber de forma aprofundada quais os motivos levam a essa rotatividade. 

 4. Taxa de Produtividade

Para que uma empresa tenha sucesso, é importante que seus profissionais atuem de forma produtiva. Mas como mensurar a produtividade? Uma das maneiras é avaliar a “quantidade e a qualidade”, correto? 

Então, isso quer dizer que, antes de tudo, precisa estabelecer critérios sobre aquilo que se espera de determinada função. Por exemplo, se você tem uma equipe de vendas, definirá uma meta que seus vendedores devam atingir. Bem como, vai indicar outros resultados esperados, de acordo com a realidade e o departamento do negócio. 

Desse modo, com base nesses indicadores, já conseguirá avaliar a taxa de produtividade dos seus colaboradores. Aqueles que estão cumprindo as atividades propostas, e os que não estão. E assim conseguirá ter uma visão realista sobre o desempenho de sua equipe. 

5. Retorno sobre o Investimento

Para finalizar, é preciso conhecer um dos indicadores mais utilizados nos mais diversos setores, em todo o mundo: o ROI (Return On Investment) ou Retorno Sobre Investimentos, em português. 

Seu objetivo é avaliar o retorno financeiro obtido sobre cada investimento do RH, como treinamentos, despesas com sistemas adquiridos, custos com os benefícios ofertados, ações realizadas, enfim. 

Esse é um dos indicadores de RH que deve ser incluído nas análises, pois é possível mensurar se houve lucro ou prejuízo com os investimentos feitos. Com isso, o setor consegue otimizar esses recursos disponíveis.

Para calculá-lo, a fórmula é a seguinte:

ROI (em %) = (ganho obtido – valor do investimento inicial) / valor do investimento inicial x 100

Utilize esses indicadores de RH e tenha uma visão detalhada sobre o departamento 

Nós trouxemos 5 KPIs que você pode aplicar na empresa e ter maior clareza sobre o que tem dado certo e errado. Além disso, eles serão úteis para subsidiar importantes escolhas, como a realização de treinamentos, medidas de retenção de talentos, ações motivacionais e até mesmo a promoção de algum colaborador que se destaque.

Portanto, se deseja potencializar a sua gestão, tenha em mente a importância de utilizar esses indicadores de RH para tomadas de decisões assertivas. Eles ajudarão a ter uma visão muito mais ampla sobre as reais necessidades do departamento.  

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