Nos últimos anos, muito tem se falado sobre o desafio cada vez maior encontrado pelas empresas para reter seus talentos, sobretudo os mais jovens, e reduzir as taxas de rotatividade. Estudos mostram que o comportamento dos trabalhadores mais jovens mudou: a taxa de fidelidade com as empresas contratantes caiu, enquanto o compromisso com a própria carreira aumentou. Ou seja, a nova geração de talentos está cada vez mais comprometida com uma relação mútua e benéfica entre empregador e empregado. Quando essa relação se desequilibra, esses jovens preferem mudar de empresa.
Diante dessa nova realidade, o mercado de trabalho vem investindo em ações para melhorar o clima organizacional, com ambientes e regimes diferenciados, ações de onboarding e a concessão de benefícios vantajosos, como premiações, bonificações e incentivos, como PPR e PLR.
Quando falamos sobre a concessão de bonificações e benefícios, há diversos estudos que comprovam a importância desses incentivos na retenção de talentos. A lógica de oferecer vantagens além das mínimas exigidas é simples: valorizar a mão de obra faz bem para a saúde dos negócios. As companhias têm procurado ir além dos benefícios tradicionais em busca de maior satisfação das equipes. Isso gera menor rotatividade e, portanto, menos custos com recrutamento, seleção, treinamento e desligamento.
Dependendo de como a prática de bonificação, incluindo PPR e PLR, é desenhada, é possível diminuir, inclusive, as despesas com encargos e tributação. Mas os ganhos vão além das contas mais equilibradas: quatro em cada cinco profissionais preferem um benefício inusitado a um aumento salarial, segundo uma pesquisa da plataforma de empregos Glassdoor. Quer entender melhor o papel dos benefícios e das bonificações, como PPR e PLR, na retenção de talentos? Então continue lendo este artigo!
O que significam as siglas PPR e PLR?
Regularizados desde 2000, pela Lei 10.101, o Programa de Participação nos Resultados (PPR) e a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) são duas ferramentas que vêm se tornando cada vez mais populares como formas de aumentar o número de metas e objetivos atingidos ao impulsionar a produtividade do funcionário.
O principal objetivo da participação nos lucros e resultados da empresa é atuar como um instrumento integrador de capital e trabalho, focando principalmente no aumento de produtividade. Por isso, como forma de remuneração variável, PPR e PLR são amplamente utilizados no Brasil. Apesar de serem parecidos, PPR e PLR possuem diferenças: o PPR é a sigla para Programa de Participação nos Resultados, ou seja, um plano cujo objetivo é premiar os colaboradores pelo atingimento de metas pré-estabelecidas. Portanto, observe que o PPR está atrelado a metas e objetivos concretos, não se relacionando ao lucro da empresa. Isso significa que se a empresa tiver prejuízo, mas as metas forem atingidas, os colaboradores receberão a remuneração definida pelo programa.
Já o PLR é a sigla para Participação nos Lucros e Resultados. Nesse caso, a condição para o pagamento do benefício é a empresa, além de atingir os resultados, obter lucros, já que a distribuição do valor entre os empregados será feita com parte do lucro que a empresa obteve.
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PPR e PLR: qual dos programas adotar?
Como já vimos acima, os programas de participação nos lucros e resultados da empresa, PPR e PLR, possuem um papel fundamental quando o assunto é atrair e reter talentos dentro de uma organização. No entanto, surge a questão: qual escolher?
Vamos lá! O PPR é a opção preferida pelos colaboradores, pois não está diretamente vinculado aos lucros da empresa. Isso significa que os resultados a serem alcançados podem ser de natureza diversa, como metas de produtividade, qualidade ou satisfação do cliente. A participação nos resultados depende exclusivamente do trabalho das equipes, o que facilita para os colaboradores alcançarem essas metas.
Por outro lado, o PLR leva em consideração o resultado financeiro da empresa, o que significa que está sujeito a influências externas. Se houver uma crise no setor, por exemplo, mesmo que os colaboradores cumpram sua parte, a empresa pode enfrentar prejuízos que impactarão a distribuição dos lucros. Nesse caso, sem lucros, não há benefícios para os funcionários.
A decisão entre adotar o PPR ou o PLR deve ser tomada pela empresa, considerando diversos fatores. É essencial que a escolha esteja alinhada com a estratégia organizacional e as metas definidas no planejamento estratégico. Além disso, o plano orçamentário deve ser levado em conta para garantir que a empresa tenha recursos suficientes para implementar o programa escolhido.
Cada organização deve avaliar o que motivará mais seus colaboradores e trará resultados significativos para o caixa da empresa. Não há uma regra universal, pois cada empresa tem suas particularidades e objetivos específicos. O importante é que o programa escolhido contribua para o alcance das metas estratégicas e seja justo e transparente em sua aplicação.
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Como aplicar PPR e PLR na sua empresa?
O primeiro passo para implantar PPR e PLR na sua empresa é a formação de uma equipe responsável pelo desenvolvimento do programa. Essa equipe deve incluir representantes do empregador, dos trabalhadores e do sindicato da categoria. A criação de uma gestão participativa permite que todos os envolvidos tenham voz ativa na definição das regras e diretrizes do programa, criando um senso de pertencimento e aumentando a motivação dos funcionários.
Estabelecer metas e objetivos específicos é outra etapa fundamental para o sucesso do programa. Ao definir indicadores relacionados à lucratividade, produtividade e prazos, a empresa tem um maior controle sobre os resultados. Metas desafiadoras, porém realistas, podem impulsionar os colaboradores a se superarem e alcançarem um desempenho excepcional.
A terceira fase consiste em autenticar o programa junto ao sindicato. É importante regularizar o PPR e PLR de acordo com a legislação vigente e realizar sua divulgação para todos os colaboradores. Além disso, é necessário estabelecer responsáveis pela fiscalização e análise dos resultados, acompanhando os indicadores das estratégias implementadas. Isso permite avaliar o impacto do programa e realizar ajustes necessários ao longo do tempo.
O último passo desse processo é o pagamento dos resultados. Existem diferentes formas de remuneração, como um valor fixo para todos os funcionários, independentemente de sua posição hierárquica, ou uma parcela fixa combinada com uma porcentagem proporcional ao cargo e salário.
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